De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, a Peic, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a CNC, o percentual de famílias que afirmaram ter dívidas a vencer chegou a 78,1% em julho.
Esse índice é 0,4 ponto percentual inferior ao total registrado em junho.
O recuo no índice de endividamento foi o primeiro desde novembro do ano passado e, na avaliação da CNC, é reflexo do Desenrola, programa do governo federal que facilitou a renegociação de dívidas bancárias de pessoas com renda entre R$ 2,6 mil e R$ 20 mil.
A medida favoreceu, principalmente, a queda da proporção de endividados na classe média.
A expectativa, inclusive, é que o ritmo de queda do endividamento aumente nos próximos meses, chegando próximo 77% do total de consumidores no País em setembro, mês em que o Desenrola será destinado a pessoas com renda de até 2 salários mínimos.
Além do total de famílias com dívidas a vencer, a pesquisa também estima o percentual de inadimplentes, que são aquelas pessoas que têm dívidas em atraso.
O percentual de inadimplentes variou para cima, passando de 29,2% para 29,6% entre junho e julho – puxado, principalmente pela faixa mais pobre.
Já queles que declararam não ter condições de pagar o que devem, que eram 12% em junho, somaram 12,2% no sétimo mês do ano.