Uma em cada quatro pessoas presas no país ainda não foi julgada.
Em 2023, a população carcerária do Brasil ultrapassou 850 mil pessoas, de acordo com dados da mais recente edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Segundo o levantamento, são 852.010 pessoas no sistema prisional.
Desse total, 208.882 são presos provisórios, que são aqueles que ainda aguardam julgamento. Ou seja: a cada quatro pessoas presas, uma não foi julgada e, portanto, ainda não teve a pena definida pela Justiça brasileira.
Proporcionalmente, o estado que tem a maior quantidade de presos provisórios é o Sergipe: mais de 56% dos que estão atrás das grades ainda não foram julgados; Bahia, com 44,1% da população carcerária nessa situação, e Piauí, com 39,9%, aparecem na sequência.
O Anuário revela ainda que, entre as pouco mais de 852 mil pessoas presas, a maioria é negra. Ao todo, 472.850 presos do país são pretos ou pardos, o que equivale a 69,1% da população carcerária brasileira – ou 7 em cada 10, para a compreensão ficar mais fácil.
Brancos são pouco menos de 30%, amarelos são um em cada 100 e apenas 0,2% são pessoas indígenas.