A falta de controle das contas e dos gastos financeiros podem levar a dificuldades para poupar e alcançar objetivos. A alta inadimplência no Brasil é um reflexo tanto da situação econômica do país quanto da forma como o brasileiro administra as finanças.
De acordo com pesquisa realizada pela CNDL, Confederação Nacional de Dirigentes Logistas e do SPC Brasil, serviço de proteção ao crédito mostra que 35% dos inadimplentes moradores nas capitais do país admitem que não fazem gestão dos próprios ganhos e gastos. Merula Borges, coordenadora financeira e administrativa na Confederação Nacional de Dirigentes Logistas, fala das principais razões da falta de controle orçamentário citadas pelos inadimplentes. 18% dos entrevistados dizem que não fazem esse controle porque não ajudou e tem aqueles que também já fizeram e não conseguiram ter disciplina para manter.
Nesse ponto a gente chama a atenção que é importante simplificar ao máximo. A gente tem várias opções de aplicativos, por exemplo, que podem ajudar as pessoas a controlar o orçamento. Além disso, tem opções de deixar, por exemplo, disponível de limite no cartão de crédito só aquilo que pode ser gasto ou deixar na conta só aquilo que pode ser gasto no final do mês.
A coordenadora financeira administrativa na CNDL destaca também como as emoções são fatores determinantes de como o dinheiro é usado. 40% dos entrevistados disseram que o prazer em comprar é maior do que a vontade que as pessoas têm de controlar o orçamento. Então a gente vê um fator determinante das emoções na hora de ir às compras. E aí é importante que as pessoas tomem cuidado quando estão muito tristes, quando estão muito animadas para não irem às compras sob emoções fortes e acabar saindo do orçamento.
Ainda de acordo com a pesquisa, mais da metade dos inadimplentes, 53%, admitem que gastam mais do que o orçamento permite. Outros itens mais controlados estão despesas essenciais, como água, luz, aluguel, condomínio, mantimentos e mensalidades. Manter o controle das finanças exige disciplina e um pouco de esforço, mas os benefícios a longo prazo valem a pena.
