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No Brasil, mais de mil pessoas morrem por dia por infarto, hipertensão ou obstrução das artérias

Mais de mil pessoas morrem por dia no Brasil em consequência de doenças do aparelho circulatório.

A média é de 46 mortes por hora, de acordo com levantamento Observatório da Atenção Primária à Saúde.

A pesquisa se baseou em dados mais recentes do Datasus, referentes a 2022, que é o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, do Ministério da Saúde.

Dois anos atrás as doenças do aparelho circulatório, como hipertensão, infarto e obstrução das artérias do coração, foram responsáveis por 400 mil 154 vítimas fatais no país.

A taxa de mortalidade é de 197 a cada 100 mil habitantes.

O levantamento descobriu que os homens são a maioria, 52%.

Já as mulheres representam 47,5% das mortes por essas enfermidades.

Mais da metade eram brancos e a minoria indígena, amarela ou de raça não declarada.

Do total de vítimas fatais, 73% tinham 65 anos ou mais, e 64% das mortes ocorreram entre pessoas com menos de sete anos de escolaridade.

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares são o tabagismo, o colesterol em excesso, hipertensão, obesidade, estresse, depressão e diabetes.

“A hipertensão arterial, por exemplo, é o fator de risco mais relevante associado à ocorrência de infartos, AVCs e insuficiência cardíaca na América do Sul. Também é o segundo fator de risco associado à mortalidade precoce. A hipertensão é fácil de ser detectada e os tratamentos são efetivos e disponíveis, mas há necessidade imperiosa de controle efetivo deste fator de risco. Apenas 15% dos pacientes hipertensos no Brasil têm pressão arterial sob controle”, explica o dr.Álvaro Avezum, diretor do Centro Internacional de Pesquisa do HAOC (Hospital Alemão Oswaldo Cruz) e professor livre-docente da USP.

De acordo com a OMS, é possível prevenir as doenças cardiovasculares com medidas de saúde pública, como impostos para reduzir a ingestão de alimentos ricos em gorduras, açúcares e sal e a construção de vias para caminhada e ciclismo, e também individuais. Vejam as principais:

  • controlar o peso, evitando a obesidade;
  • manter a pressão arterial e a glicemia dentro dos limites recomendados;
  • ter uma alimentação balanceada, evitando o consumo excessivo de ultraprocessados, como bolachas recheadas e refrigerantes;
  • não fumar;
  • evitar o consumo de álcool;
  • e praticar atividade física regularmente.

“Noventa por cento dos infartos agudos do miocárdio e dos acidentes vasculares cerebrais podem ser evitados por meio de prevenção e controle de dez fatores de risco, de fáceis de identificação e implementação”, finaliza o dr. Avezum.

De acordo com a Sociedade Americana de Cardiologia Preventiva, os dez fatores de risco para doenças cardiovasculares são:

  • Nutrição não saudável;
  • Sedentarismo;
  • Dislipidemia (níveis elevados de gordura no sangue);
  • Hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue);
  • Hipertensão;
  • Obesidade;
  • Considerações de populações selecionadas (idade, raça e etnia, sexo);
  • Trombose/tabagismo;
  • Disfunção renal;
  • Hipercolesterolemia familiar.

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