O levantamento é o primeiro realizado com base em um inquérito nacional e em um teste da Organização Mundial da Saúde.
Revela que seis milhões de pessoas no Brasil seguem um padrão que aponta um consumo considerado perigoso de álcool, que sugere o risco de dependência.
De acordo com o estudo, esse grau é maior entre homens, cidadãos entre 45 e 54 anos, que possuem de 9 a 11 anos de estudo, moradores das regiões Centro-Oeste e Norte e pretos ou pardos.
Os dados foram obtidos por meio do Covitel, o Inquérito Telefônico para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia. De janeiro a abril deste ano, o levantamento ouviu nove mil brasileiros.
O questionário era sobre fatores de risco para doenças crônicas, incluindo o consumo de bebida alcoólica.
Três questões foram avaliadas: episódio de consumo abusivo, frequência durante a semana e risco ou suspeita de dependência. Um em cada cinco entrevistados admitiu abuso nos 30 dias antes do levantamento.
É considerado consumo abusivo a partir de quatro doses em uma mesma ocasião para as mulheres e a partir de cinco para os homens.