Levantamento revela que metade dos abordados por suspeita de tráfico de drogas é negro.
Apenas 20% dos suspeitos são brancos. O estudo é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
O Ipea avaliou 28 mil e 800 ações criminais por tráfico com decisões terminativas no primeiro semestre de 2019, que são aquelas em que o processo é extinto pelo descumprimento de algo previsto na lei.
No período, mais de 41 mil réus foram indiciados, denunciados ou sentenciados.
Em 30% dos casos não houve registro da cor dessas pessoas.
Para o estudo, foram considerados como negros pretos e pardos. Indígenas e amarelos representaram menos de 1%. O levantamento teve a participação da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os locais de abordagem mais comuns foram ruas e casas dos suspeitos. Nas duas situações o índice de negros é maior: 53% no caso de vias públicas e de 45% em residências.
Nas denúncias anônimas eles também são a maioria dos suspeitos.