O plástico é um dos grandes vilões do meio ambiente e combater a poluição causada por ele é um dos principais desafios da atualidade.
Para se ter uma ideia, aproximadamente 8 milhões de toneladas de plástico são descartados nos oceanos anualmente, e, se o ritmo de descarte não diminuir, estima-se que, até 2050, haverá mais plástico nos oceanos do que peixes.
Uma das formas de ajudar a reduzir esse volume de lixo plástico é optar pelo consumo de produtos com embalagens biodegradáveis – que tem um processo de decomposição mais rápido e menos prejudicial para o meio ambiente.
Produtos biodegradáveis são os que se transformam em água, gás carbônico, metano e biomassa em um intervalo de tempo relativamente curto, de até um ano. O plástico, lembrando, demora 400 anos para de decompor.
Mas a missão de ser ecologicamente correto pode ser difícil para o consumidor brasileiro.
Isso porque, de acordo com há nos supermercados do país muitos produtos feitos de falso plástico biodegradável.
Pesquisadores do Instituto do Mar, da Universidade Federal de São Paulo, visitaram 40 supermercados do Brasil e analisaram diversos produtos à venda que tinham o indicativo de plástico biodegradável.
Foram selecionados, ao todo, 49 produtos como sacolas, copos, pratos, talheres e outros utensílios.
Todos, inclusive, custavam, em média, 125% mais caros do que similares feitos de plástico convencional.
Para a surpresa dos pesquisadores, de biodegradável a maioria dos produtos não tinha nada.
São feitos de um material classificado como oxodegradável, que é um material que não se decompõe em condições ambientais normais e está associado à formação de microplásticos – o grande vilão da fauna marinha.
Os plásticos oxodegradáveis são produtos proibidos em vários locais do mundo, incluindo a União Europeia.
