Maioria das escovas de dente vendidas no Brasil não segue os padrões exigidos pelas normas em vigor.
Uma análise realizada por pesquisadores da Universidade de São Paulo constatou que menos de um quinto dos itens essenciais para a higiene bucal tem os padrões determinados por lei.
Foram consideradas no estudo 345 modelos do produto encontrados no comércio de 26 diferentes municípios paulistas.
Só 60 atendiam as exigências legais, ou seja, 17% – nem 1 quinto.
E quais são os padrões exigidos? Esqueça os requintes! A escova adequada e garante uma boa escovação, sem causar danos aos tecidos da boca tem que ser macia, ter com cabo reto e achatado, cabeça compatível com a idade do usuário, 18 tufos com 80 cerdas em cada um e 1.440 cerdas no total.
No estudo, considerando formato do cabo e cabeça, mais de 70% das escovas foram consideradas adequadas ao uso. Em relação ao número total de cerdas, 63,5% delas estavam inadequadas.
Já as observações microscópicas, por sua vez, reprovaram 82 em cada 100 escovas analisadas, por problemas cerdas.
Procurada pelos pesquisadores da USP, a Anvisa informou, em nota, que as escovas de dente são produtos isentos de registro e que cada fabricante deve garantir que o produto colocado à venda correspondente à documentação enviada à Agência, mostrando que cumpre os requisitos técnicos exigidos.
A Anvisa também informou que vai avaliar os resultados do estudo conduzido na USP.
Fonte: Rádio2
