Atividade física é essencial para quem passou dos 60, 70 e até 100 anos

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Redação Vibenews

O Brasil está envelhecendo. Dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que há no país 37.814 pessoas com 100 anos ou mais. Houve uma alta de 67% nessa faixa etária ante o último levantamento, realizado em 2010.
A maioria dos idosos com 100 anos ou mais são mulheres: 27.244 centenárias. O número de pessoas do sexo feminino é mais do que o dobro de homens com a mesma idade (10.570).

Uma dessas idosas centenárias é a Inez Saminez Castelo Branco, de 102 anos. Moradora de Vitória, no Espírito Santo, há alguns anos ela estava sofrendo fortes dores pelo corpo. “Eram dores insuportáveis, eu chegava a rolar de dor”, relata.

Ela estava então com 99 anos e começou a acompanhar as aulas online do professor de educação física Aurélio Alfieri, que vem conquistando alunos em todo o Brasil, especialmente mulheres acima de 50 anos. Já são mais de 5 milhões de seguidores nas redes sociais.

Inês começou a acompanhar as aulas online e a fazer os exercícios, a maioria deles sentada, porque tem dificuldade para se equilibrar. “Comecei e não larguei mais. As dores no corpo diminuíram muito. Estou muito feliz e agradeço a Deus por esses vídeos”, comemora a centenária.

Segundo Aurélio Alfieri, a história da Dona Inez demonstra que, não importa a idade, iniciar a prática de exercícios físicos pode trazer grandes benefícios para a qualidade de vida. “Mesmo sem acesso a uma academia ou personal trainer, ela conseguiu melhorar sua saúde com exercícios online. Isso prova que é possível melhorar a mobilidade e a postura, e manter a autonomia, independentemente da idade”, diz.

A atividade física para quem passou dos 50 anos é importante para garantir saúde, autonomia e independência, uma vez que ajuda a manter os músculos fortes, o equilíbrio, a mobilidade, além de reduzir as dores musculares e articulares, prevenindo quedas que podem causar grandes estragos na vida de pessoas idosas. “Além disso, exercícios afastam a depressão, ansiedade, compulsão e solidão, tornando as pessoas mais ágeis e saudáveis. A história da Dona Inês, que começou após os 90 anos e já teve resultados, mostra que quem é mais jovem pode colher ainda mais frutos de uma vida saudável”, afirma Alfieri.

O professor de educação física diz que o ideal, principalmente para os idosos acima de 80 anos, é ter o acompanhamento de um profissional. Quando isso não for possível, fazer atividades físicas em casa, com uma prescrição de exercícios feita por um profissional competente é uma opção.

“Esses exercícios devem ser cautelosos e seguros. Movimentos que causam dor devem ser evitados, e qualquer atividade que aumente a frequência respiratória deve ser feita com autorização médica. Se sentir dor, tontura ou falta de ar, a indicação é interromper o exercício imediatamente e consultar um médico”, orienta.

Além dos exercícios regulares, Alfieri ainda lembra que os idosos precisam ter uma alimentação saudável, beber muita água e tomar sol. “Manter-se socialmente ativo e fazer exames preventivos são hábitos que contribuem significativamente para uma vida longa e saudável. Confie nos profissionais de saúde e mantenha bons amigos para chegar aos 100 anos com saúde”, finaliza.

 

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