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Transparência salarial: mulheres recebem 19% menos que os homens

As mulheres recebem 19% menos que os homens no Brasil. Em cargos de liderança, como dirigentes e gerentes, a diferença chega a 25%. Os dados são do primeiro relatório de transparência salarial divulgado em Brasília pelos Ministérios do Trabalho e Empregos e das Mulheres, com a presença de representantes de centrais sindicais.

O levantamento tem base em informações de quase 50 mil estabelecimentos com 100 ou mais empregados no país. Para a Ministra das Mulheres, Sida Gonçalves, o resultado do relatório reforça a urgência do tema. Mas a igualdade é responsabilidade de toda uma sociedade.

Discutir e pensar como é que nós vamos avançar na igualdade salarial tem urgência. Nós não podemos pensar em esperar 300. Anos, nós não podemos admitir que nós tenhamos que viver mais 300 anos lutando, falando e brigando para ter as mesmas condições que os homens. Os estabelecimentos que enviaram informações respondem por mais de 17 milhões de trabalhadores sob o regime CLT.

A divulgação do conteúdo foi questionada na justiça por parte de entidades patronais que também contestaram a lei de igualdade salarial entre gêneros publicada no ano passado. O texto determina a realização anual do relatório de transparência salarial e de critérios remuneratórios, como observado pela secretária da Mulher da Central Única dos Trabalhadores ACUT, Amanda Cursino.

Mas dizer que através das nossas entidades, dos nossos sindicatos, das nossas confederações também, nós vamos organizar as mulheres do nosso país. E vamos lutar para que realmente essa lei possa ser implementada, seja de fato realidade e dizer que nós vamos resistir. Além da questão relacionada à igualdade, a Organização Internacional do Trabalho estima que se a diferença salarial entre mulheres e homens fosse reduzida em 25%, o PIB Mundial aumentaria em mais de 5 trilhões de reais até 2025.

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