O Senado Federal aprovou nesta terça-feira a continuação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, o PERSI. Esse projeto não é bem visto pela área econômica que teve que engolir um acordo com o Legislativo. O teto de investimentos até 2026 para o PERSI é de 15 bilhões de reais.
O programa foi criado durante a pandemia da Covid-19 e serviu como um alento para o setor de eventos e também para o setor de turismo, ambos bastante impactados pela pandemia. Inicialmente, a proposta, relatada pela senadora Danielle Ribeiro, do PSD, previa um reajuste com base em índices da inflação para o valor investido até 2026, o que poderia elevar o programa em até 2 bilhões de reais a mais, algo criticado pelo governo, como destaca o líder do Planalto do Senado, Jax Wagner.
De aprovar aquilo que foi aprovado na Câmara no PES, que é uma demanda do setor, foi feito um acordo com o setor e eles querem que vote para ir para a sanção até 30 de abril para evitar que eles caiam e tenham que voltar ao pagar imposto normalmente, diferentemente do que está na lei. Diante da urgência para a continuidade do programa, os senadores desistiram de fazer alterações. Caso houvesse alguma mudança, o projeto teria que retornar para uma nova votação na Câmara dos Deputados.
O senador e vice-líder da oposição Flávio Bolsonaro criticou o acordo com o governo. Entre as alterações aprovadas, está a redução no número de setores que poderão ser beneficiados pelo programa. Ficam de fora albergues, campings, pensões, produtoras de filmes, serviços de reservas, serviços de transporte. Esporte de passageiros e também organização de excursões.
