A quantidade de pessoas picadas de escorpião continua em alta no Brasil.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre janeiro e setembro foram registrados cerca de 126 mil e 600 mil casos no país, com 148 mortes confirmadas no período.
O estado com mais casos é São Paulo, com cerca de 28 mil ocorrências; depois, aparecem Minas Gerais, com 21 mil casos, e Bahia, com 12 mil registros.
Um estudo recente publicado em uma revista científica já tinha apontado a alta, indicando aumento de 150% dos casos entre 2014 e 2023, o que classificou um cenário de “epidemia silenciosa”.
De acordo com esse estudo, no período em questão foram mais de 1 milhão, 171 mil e 800 ataques de escorpião no Brasil, com as projeções indicam aumento contínuo, com estimativa de pouco mais de 2 milhões e 95 mil até 2033.
Para os estudiosos, isso tem acontecido por causa da rápida proliferação desses aracnídeos nas cidades, impulsionada por urbanização desordenada e saneamento precário, além de mudanças climáticas.
O escorpião-amarelo é considerado o mais perigoso.
Ele vive principalmente na rede de esgoto, se reproduz de maneira fácil e se adapta rapidamente ao ambiente urbano, o que dificulta o controle. Além disso, o escorpião-amarelo é capaz de subir encanamentos e, por isso, consegue invadir praticamente qualquer tipo residência, inclusive apartamentos altos.
Vale lembrar que, de maneira geral, dá para se proteger de escorpiões mantendo ralos bem tampados e redes de proteção nas janelas e vedando frestas em paredes, portas e pisos.
Quintais, jardins e áreas de entulho devem estrar sempre o mais limpo possível e, se souber que há escorpiões na região onde você mora, verifique sempre roupas, calçados, toalhas, lençóis e cobertores antes de usá-los.
Caso você seja picado, lave o local com água e sabão. Não faça torniquetes, cortes e nem tente sugar o veneno e procure imediatamente uma unidade de saúde.
Se possível, leve o escorpião, mesmo que morto, para identificação das autoridades sanitárias.