Daqui a praticamente um mês, no dia 31 de maio, termina o prazo para a declaração do Imposto de Renda 2023 e, nesta mesma data, o Fisco marcou a liberação do primeiro lote de restituição.
Este ano, além dos critérios legais que garante prioridade na devolução do imposto, os contribuintes que adotarem o modelo pré-preenchido da declaração e os que optarem por receber a restituição via PIX também serão priorizados.
Mas existe ainda uma possibilidade de ter em mãos o dinheiro da restituição antes mesmo de a Receita liberar o pagamento.
Na verdade, não é exatamente o dinheiro da Receita… trata-se de um empréstimo que os grandes bancos fazem, usando como garantia o dinheiro que o contribuinte tem para receber do Fisco. É a chamada antecipação do Imposto de renda.
Geralmente basta apresentar o recibo de entrega da declaração que o banco adianta o valor que será restituído. Os juros são menores do que em um empréstimo convencional e o pagamento da dívida é feito só no dia em a pessoa recebe o dinheiro do governo.
É tentador, mas será que vale a pena?
Segundo os especialistas, nem sempre. Alias, não vale, na maioria das vezes.
É que se trata de uma linha de crédito. Com juros. E esse já é um primeiro problema. Você vai devolver ao banco, fatalmente, uma quantia maior do que a que está pegando.
A segunda questão é que, se eventualmente a sua declaração cair na malha fina e a restituição demorar para chegar, será preciso honrar o compromisso até a data pré-estipulada pelo banco, tendo ou não recebido do Leão.
Por isso, é preciso ter bastante cautela. Esse tipo de negócio vale, de acordo com quem entende bastante de finanças, apenas pra quem tem dívidas com juros altos, como cheque especial e cartão de crédito, por exemplo.
Quem não está nessa situação, não deve arriscar. A orientação é organizar as contas e esperar o pagamento da Receita.