Produtores de trigo de várias regiões do país estão com o alerta aceso. Com a colheita encerrada em 35 por cento da área, indicam dados da Conab, diversas praças enfrentam problemas causados pelo clima. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a chuva dificulta os trabalhos e aumenta o risco de doenças. Já no Paraná, o forte calor ao longo do ciclo afetou o perfilhamento. Pra piorar, os moinhos têm comprado menos, já que as vendas de derivados do trigo estão fracas. Com tudo isso, a tonelada ficou quase 15 por cento mais barata, desde o começo de setembro, vendida, nos dois estados, a pouco mais de mil reais.
Depois de cair cinco por cento em setembro, para 780 reais a saca, o preço do café arábica reagiu, nos primeiros dias de outubro, com picos acima dos 800 reais. Os números são do Cepea. Com a oferta superior à demanda, o mês passado foi marcado por cotações médias 30 por cento menores que na mesma época de 2022. Por conta disso, os produtores começaram a bater o pé e a segurar mercadoria, exatamente pra forçar cotações maiores. Também pode ter pesado o movimento de alta do dólar, na comparação com o real.
E o algodão é outro produto valorizado. Por exemplo: em 25 de setembro, a libra-peso foi vendida a três reis e 94 centavos. Já nesta semana, o preço subiu para quatro e 13. Quando se analisa as médias mensais, os valores estão em alta desde junho. Muito disso se deve ao mercado externo, que registra preços cada vez maiores, em um momento no qual compradores internacionais têm aumentado a procura pelo algodão brasileiro.
