Um dos medicamentos mais consumidos pelos brasileiros, o Omeprazol, usado para tratar problemas gastrointestinais crônicos, voltou a ser motivo de alerta entre os profissionais de saúde. Estudos recentes indicam que o uso contínuo e sem orientação médica pode provocar deficiências nutricionais e outras complicações sérias no organismo.
De acordo com os especialistas, o uso prolongado do remédio pode reduzir a absorção de ferro, cálcio, magnésio e vitamina B12, nutrientes essenciais para o funcionamento do corpo. A falta dessas substâncias pode causar anemia, fraqueza, cãibras e até doenças renais crônicas. Além disso, há evidências de que o medicamento aumenta o risco de infecções intestinais e fragiliza os ossos, tornando-os mais suscetíveis a fraturas.
O Omeprazol é indicado no tratamento de doenças como esofagite e úlceras e está disponível em duas formas: magnésio (encontrado nas farmácias em cápsulas ou comprimidos) e sódico, aplicado por via intravenosa apenas em ambiente hospitalar. O medicamento pertence à classe dos inibidores da bomba de prótons, que reduzem a produção de ácido no estômago. Nessa mesma categoria estão o pantoprazol, esomeprazol e lansoprazol.
Apesar dos riscos, o Omeprazol não está proibido. No entanto, médicos têm sido orientados a avaliar com mais critério a prescrição, optando por alternativas mais leves para pacientes com sintomas ocasionais, como refluxo leve ou desconfortos sem lesão no esôfago.
Os profissionais reforçam que a decisão de interromper ou substituir o medicamento deve ser sempre médica. O paciente nunca deve suspender o uso por conta própria, sem orientação.
Segundo o Conselho de Medicina, não se trata de uma campanha contra o Omeprazol, mas sim de um esforço para garantir que seu uso ocorra de forma mais segura e responsável, evitando que pessoas sejam expostas a efeitos colaterais desnecessários.