Mulheres com endometriose têm maior risco durante o parto?

Este domingo, 28 de maio, será o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. A data relembra o fato de que a mortalidade materna é influenciada por fatores modificáveis, como as condições socioeconômicas da população e o acesso a serviços de saúde para detectar antecipadamente doenças ou condições que tenham o potencial de trazer complicações.

A SBE – Sociedade Brasileira de Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva –, aproveita a data para alertar que a endometriose, doença que atinge 10% da população feminina, é uma das condições que merecem cuidado  no trabalho de atenção à saúde materna.

Há estudos que sugerem que a endometriose esteja relacionada a uma maior chance de parto prematuro, pré-eclâmpsia, hemorragia anterior ao parto e necessidade de opção pela cesariana. Todos esses são fatores que podem trazer risco para a saúde e a vida da gestante e do bebê.

A médica ginecologista e presidente da SBE, Dra. Helizabet Salomão Abdalla Ayroza Ribeiro, explica que ainda não é conclusiva a correlação entre a doença e os riscos para a gestante, mas ela pode estar associada à inflamação que a endometriose provoca no organismo. “Saber que existe uma hipótese de aumento do risco de complicações reforça a recomendação para as gestantes tenham acesso a um pré-natal completo e estejam especialmente atentas à saúde durante a gravidez”, afirma.

Desde o início da gestação, a paciente com endometriose deve informar sobre a condição para o médico que a acompanha. Além disso, a recomendação é comparecer a todas as consultas e exames do pré-natal, se alimentar de forma saudável, fazer atividades físicas e procurar ajuda médica em caso de qualquer suspeita de que algo não vai bem.

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