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Missão da Uefs na China firma novos acordos e fortalece internacionalização com foco no ensino de Mandarim

Foto: Edvan Barbosa - Ascom

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) consolidou um passo decisivo para ampliar sua presença no cenário global. Entre os dias 14 e 21 de novembro, a reitora Amali Mussi realizou uma missão institucional à China, cujo principal saldo foi a assinatura de dois importantes acordos de cooperação e o fortalecimento de laços históricos com instituições do oriente.

A viagem resultou na formalização de parcerias com a Beihang University, instituição de referência mundial em engenharia e tecnologia vinculada ao Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, e com a Hebei Normal University, reconhecida por sua atuação na área da saúde e em ciências sociais aplicadas.
O acordo com a Beihang University foi descrito pela reitora como um “convênio guarda-chuva”, que prevê o desenvolvimento conjunto de programas acadêmicos, intercâmbio de estudantes de graduação e pós-graduação, além de mobilidade de docentes e técnicos.

“Estabelecemos o convênio, mas já articulado com parcerias para a área de Agronomia, que eles têm um grande interesse; parcerias na área de engenharias, principalmente na área de engenharia de produção. E também discutimos muito sobre inteligência artificial”, detalhou Amali Mussi sobre as tratativas com a Beihang.
Já a parceria com a Hebei Normal University estabelece a cooperação teórica e prática em áreas como Medicina, Relações Internacionais e Administração. O programa inclui o reconhecimento mútuo de créditos, intercâmbio de materiais educacionais e a realização de conferências conjuntas.

Inovação e maturidade institucional

Essas iniciativas se somam a parcerias já firmadas pela Uefs, como o acordo assinado em 2023 com a Hebei Normal University. Segundo a reitora, o fato da Uefs já possuir um histórico de cooperação garantiu um reconhecimento diferenciado durante a missão.

“A Universidade consolidou sua posição de referência durante esta segunda missão oficial. Percebe-se, atualmente, um nível de maturidade institucional diferenciado nas relações estabelecidas”, celebrou a gestora. Destacando a eficácia local frente a desafios complexos, completou: “O ecossistema chinês caracteriza-se pela alta resolutividade; identifica-se a demanda e prontamente articulam-se estratégias para o enfrentamento imediato das questões”.

Durante a missão, a reitora Amali Mussi descreveu o contato com o ecossistema de inovação chinês como uma experiência impactante. “Toda inovação, todo produto, tem um vínculo com a sua história, com a sua ancestralidade, não é uma inovação desinteressada. A China tem um interesse que é gerar o bem-estar social”, refletiu a reitora, observando que a valorização da cultura, da arte e da história caminha lado a lado com o desenvolvimento tecnológico.

O desafio do idioma e o futuro

Para viabilizar a mobilidade acadêmica prevista para iniciar já em 2026, a barreira linguística é o foco central das próximas ações. A Uefs já conta com a colaboração do Instituto Confúcio, instalado na Universidade Federal da Bahia (Ufba) em parceria com a Universidade de Xangai, que desde o segundo semestre de 2024 oferece cursos de mandarim em Feira de Santana.

No entanto, a reitora sublinha que a proficiência linguística é um requisito indispensável para a efetividade dos programas de mobilidade. Segundo Amali Mussi, o domínio do idioma constitui a base para o aprofundamento da cooperação. “O conhecimento da língua é o vetor estratégico para viabilizar e consolidar as contrapartidas com a China. Por isso, a nossa instituição prioriza a discussão sobre a oferta de disciplinas optativas e a expansão do ensino de Mandarim”, pontuou a gestora.

A universidade planeja criar disciplinas optativas de Mandarim acessíveis a estudantes de todos os cursos e estuda ampliar o Programa de Referência em Internacionalização (REPIN) da universidade para contemplar discentes que já estudam o idioma.

A expectativa é que os primeiros programas de intercâmbio decorrentes dessa missão sejam implementados em 2026. Para dar celeridade ao processo, novas reuniões com o Instituto Confúcio e o Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB) estão agendadas para dezembro deste ano.

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