Crianças e adolescentes também são vítimas do uso de produtos de tabaco. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), novos produtos, como os cigarros eletrônicos, e informações enganosas da indústria do tabaco, são uma ameaça, levando a uma iniciação ao tabagismo cada vez mais precoce. Além disso, crianças e adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros mais tarde na vida. De olho nisso, o tema do Dia Mundial Sem Tabaco 2024, em 31 de maio, é “Proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco”, campanha que foi lançada pelo Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), nesta quarta-feira (29).
Por meio de uma linguagem jovem, a campanha visa promover uma mudança de comportamento, além de proteger as novas gerações dos perigos do uso do tabaco, alertando sobre as táticas da indústria para atrair crianças e adolescentes, com interesse em garantir e ampliar seu mercado consumidor.
“O Dia Mundial Sem Tabaco de 2024 destaca a proteção das crianças contra a influência prejudicial da indústria do tabaco. Focar nas crianças é crucial, pois são especialmente vulneráveis e representam o futuro. Ao educá-las e fortalecê-las contra a pressão do tabagismo, investimos na saúde de amanhã. Além disso, ao envolver as crianças, impactamos suas famílias e comunidades, ampliando nosso alcance na prevenção do tabagismo”, salienta o diretor-geral do INCA, Roberto Gil.
Durante o evento de lançamento, o INCA apresentou o estudo Carga da doença e econômica atribuível ao tabagismo no Brasil e potencial impacto do aumento de preços por meio de impostos, que foi desenvolvido ao longo de dois anos sob a coordenação da Secretaria Executiva da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro sobre o Controle do Uso do Tabaco e de seus Protocolos (Conicq).
Presente ao evento, o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Adriano Massuda, comentou a importância da campanha frente à atual situação do tabagismo no país. “O Brasil conseguiu fazer importantes avanços em relação à redução da população tabagista, mas há um aumento na população mais jovem e é por isso que precisamos fortalecer as ações de promoção de saúde e prevenção voltadas para esse público. Essas ações serão desenvolvidas por nossos técnicos e do INCA, mobilizando a sociedade de maneira geral”, adiantou.
Fonte: Ministério da Saúde