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Mais de 10% dos adolescentes brasileiros já usaram cigarro eletrônico

Pesquisa da Unifesp revela que 1 em cada 9 adolescentes no Brasil já usou cigarro eletrônico.

O estudo, que ouviu 16 mil pessoas de 14 anos ou mais, aponta um aumento expressivo do consumo desses dispositivos entre jovens.

Segundo o IPEC, o aumento no uso de cigarros eletrônicos nos últimos 6 anos foi de 600%

Esses aparelhos, também conhecidos como pods ou vapes, usam baterias para aquecer líquidos com sabor e nicotina.

Os aromatizantes, que mascaram o gosto amargo da nicotina, atraem ainda mais os jovens causando dependência química mais rapidamente.

Ao serem inalados, esses vapores, que contém solventes, aditivos e outras substâncias tóxicas, causam riscos para a saúde respiratória.

Entre os problemas relatados estão irritação na garganta e pulmões, que causam tosse, falta de ar e inflamação. E o uso pode causar doenças mais graves como cardiopatias, enfisema e câncer de pulmão.

Em 2019, surgiram casos nos EUA de doenças pulmonares graves associadas ao fumo eletrônico.

Conhecida como Evali, ou lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico e produtos de vaporização, a condição pode levar a insuficiência respiratória e até mesmo a morte.

De 2019 a 2020, os Estados Unidos registraram 13 mil internações e 68 mortes pela doença

No Brasil, a Anvisa proíbe o uso, a venda e a propaganda desses produtos desde 2009.

Mesmo assim, a presença em redes sociais e entre amigos acaba facilitando o acesso de adolescentes a produtos vendidos de forma ilegal.

Para enfrentar o avanço do vape, especialistas recomendam campanhas educativas e apoio a jovens dependentes, com acompanhamento médico e psicológico.

De acordo com a OMS, cerca de 70% dos usuários de vapes no mundo tem entre 15 e 24 anos.

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