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Lula defende jornada de trabalho equilibrada e queda no custo de vida; declaração foi dada no encerramento do G20 Social no Rio de Janeiro

Foto: Ricardo Stuckert

Pela primeira vez na história do G20, a sociedade civil de diversas partes do mundo teve a oportunidade de se reunir para discutir suas demandas e organizar propostas aos líderes dos países que integram o bloco econômico. Essa conquista foi a linha central do discurso do presidente Lula durante o encerramento do G20 Social, na tarde deste sábado no Rio de Janeiro.

Ao receber o documento final elaborado pelos movimentos sociais que participaram do evento, Lula ressaltou que as decisões políticas e econômicas de interesse internacional precisam ter a participação da sociedade de uma forma ampla.

“A economia e a política internacional não são monopólio de especialistas e nem de burocratas. Elas não estão só nos escritórios da Bolsa de Nova York ou da de São Paulo, nem só nos gabinetes de Washington, Pequim, Bruxelas ou Brasília. Elas fazem parte do dia a dia de cada um de nós, alargando ou estreitando as nossas possibilidades”.

O presidente do Brasil também se comprometeu a levar o documento final do G20 Social para a Cúpula de Líderes, e disse que vai trabalhar para que as propostas dos movimentos sociais sejam consideradas nas políticas públicas dos países integrantes do bloco.

“Para chegar ao coração dos cidadãos comuns, os governos precisam romper com a dissonância cada vez maior entre a ‘voz dos mercados’ e a ‘voz das ruas’. O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias. O G20 precisa discutir uma série de medidas para reduzir o custo de vida e promover jornadas de trabalho mais equilibradas.”

Essa foi a primeira vez que o G20 Social foi realizado no contexto do G20. O Brasil ocupa a presidência do bloco, que será passada para a África do Sul ao fim da Cúpula de Líderes. O presidente Lula pediu que o governo sul-africano também realize o G20 Social no próximo ano, para que esse espaço de participação popular nas decisões internacionais se torne permanente.

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