Luto no jornalismo brasileiro.
Morreu na manhã desta quinta-feira, 2 de fevereiro, no Rio de Janeiro, a jornalista Glória Maria.
Considerada a primeira repórter negra da TV, Glória tinha mais de 50 anos de carreira.
Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, Gloria estudou em colégios públicos e se formou em jornalismo na PUC do Rio.
Ao longo de mais de 5 décadas, Glória fez história e se tornou referência.
Sua morte causou repercussão nacional. Nas redes sociais, milhares de posts feitos por telespectadores comuns, personalidades de diversas áreas, jornalistas renomados e autoridades lamentavam o falecimento de Glória Maria.
O presidente Lula escreveu: “Recebo com muita tristeza a notícia da morte de Glória Maria, uma das maiores jornalistas da história da nossa televisão. Glória foi repórter em momentos marcantes do Brasil e do mundo, entrevistou grandes nomes e deixou sua marca na memória de brasileiros e brasileiras. Meu abraço e solidariedade aos familiares, amigos, colegas e admiradores de sua carreira.”
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ofereceu seus sentimentos à família e afirmou que “quem é mulher negra sabe da importância de tê-la visto na televisão. Glória é considerada a primeira repórter negra da televisão e sempre será lembrada como sinônimo de competência.”
Colega de profissão, o jornalista André Trigueiro disse que ela abriu caminhos e foi referência: “Pioneirismo, coragem e talento. Vai em paz, Glória”.
Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão e tratou o tumor com sucesso. Pouco tempo depois, os médicos diagnosticaram uma metástase no cérebro e a jornalista realizou uma cirurgia inicialmente bem sucedida.
No entanto, em meados do ano passado, novas metástases cerebrais apareceram e Glória Maria começou uma nova fase do tratamento – mas ele deixou de fazer efeito nos últimos dias.
Glória Maria, que não gostava de revelar a idade, tinha 73 e deixa duas filhas, Maria e Laura, de 15 e 14 anos.
