Febre oropouche: primeiras mortes e os cuidados com a doença

Redação Vibenews

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O crescimento de casos de febre ouroput no Brasil nos últimos meses e as duas mortes confirmadas pelo Ministério da Saúde acenderam um alerta ainda maior contra a doença. A gravidade tamanha que essas mortes foram as primeiras registradas no mundo pela doença, segundo o governo federal. Até então, não havia registros na literatura científica mundial. As mortes aconteceram no interior da Bahia.

As duas pessoas tinham menos de 30 anos, sem comorbidades e tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave. Uma terceira morte está em investigação em Santa Catarina. A febre ouroput é uma doença causada por um vírus transmitido principalmente pelo mosquito culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito pólvora.

O médico sanitarista da Fiocruz de Brasília, Cláudio Maerovich, detalhe melhor. É uma doença parecida com dengue, parecida com xicungunha e algumas outras. Outras dessas doenças transmitidas por mosquitos, que é conhecida há um bom tempo, mas praticamente só era encontrada na região amazônica, as pessoas em geral. Tem febre, dor no corpo, dor nas articulações, podem ter um mal-estar grande, com vômitos, um quadro que geralmente dura de 5 a 7 dias, e muito raramente é uma situação que se agrava.

Segundo o Ministério da Saúde, casos mais graves podem incluir o acometimento do sistema nervoso central, por exemplo, de meningoencefalite, especialmente em pacientes imunocomprometidos, ainda há relatos de manifestações hemorrágicas. O mosquito maruim vive em áreas de floresta ou em regiões de cidades que contam com área rural ou mais silvestre.

Em primeiro lugar, manter os quintais, os terrenos limpos, porque esses mosquitos gostam de se criar onde tem matéria orgânica, às vezes mesmo restos de árvores, principalmente bananeiras. E aquelas proteções que têm sido indicadas, como usar mangas compridas, meias, calças compridas, procurar deixar a pele coberta para dificultar a picada deste mosquito.

A orientação do Ministério é similar aos casos de dengue, que a população, ao observar os sintomas, procure por uma unidade de saúde. Não há tratamento específico disponível.

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