O nível de desemprego no Brasil subiu no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre de 2022, que são os três meses imediatamente anteriores, segundo os mais recentes dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A taxa passou de 7,9% para 8,8% entre um trimestre e outro.
São, segundo estimativas do órgão, 860 mil pessoas a mais na fila do desemprego no período, o que resultou em um total de 9 milhões e 400 mil brasileiros desempregados.
Quando a comparação é com o mesmo período do ano passado, no entanto, o desemprego recuou mais de 2 pontos percentuais – era de 11,1%, naquela ocasião
De acordo com a analista do IBGE, Adriana Beringuy, a alta da taxa de desocupação na passagem do último trimestre de 2022 para o primeiro trimestre de 2023 tem caráter sazonal e é um movimento que já foi observado em outros momentos da série histórica do Instituto:
Basicamente, segundo Adriana Beringuy, o mercado de trabalho apresentou, neste primeiro trimestre, o mesmo comportamento que costumada apresentar antes dos impactos causados pela pandemia de covid-19.
Em relação aos rendimentos, a pesquisa do IBGE mostrou que o rendimento real habitual do trabalhador brasileiro ficou estável em R$ 2.880, na comparação o trimestre anterior.
Esse valor, no entanto, representa um aumento de 7,4% quando a comparação é com o primeiro trimestre do ano passado.