A dengue é, atualmente, uma das principais preocupações de saúde pública no Brasil.
No ano passado, o número de casos bateu recorde, passando de 1,6 milhão, e 2024 começou com os registros em alta.
Em números absolutos, as unidades da federação com mais pessoas infectadas na primeira quinzena do ano são Minas Gerais, com mais de 14 mil casos, e São Paulo, com quase 10 mil registros. Paraná, Distrito Federal e Rio de Janeiro aparecem na sequencia.
No ano passado, a Anvisa deu aval para uso da vacina Qdenga, que pode ser aplicada tanto em quem já teve dengue quanto em quem nunca foi infectado.
O Ministério da Saúde incluiu o imunizante no Programa Nacional de Imunizações e o Brasil se tornou o primeiro país no mundo a oferecer o imunizante na rede pública.
Mas há um problema: faltam doses.
A farmacêutica que desenvolveu o imunizante não tem capacidade de produção suficiente para a demanda brasileira e o nosso país deve ter acesso esse ano a cerca de 6 milhões de vacinas.
Como a aplicação é feita com duas doses, significa que, no máximo, 3 milhões de pessoas serão vacinadas em 2024.
O Ministério da Saúde informou que, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde, vai priorizar a imunização de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos.
A estratégia de vacinação, no entanto, ainda será definida junto com estados e municípios – o que deve acontecer nos próximos dias.
A dengue é uma doença transmitida pelo Aedes aegypti e eliminar os criadouros do mosquito é fundamental para reduzir o número casos.
O Aedes aegypti se reproduz em água limpa çparada – 75% dos criadouros estão localizados dentro e no entorno das residências.