Ao menos 2,5 milhões de crianças entre 0 e 3 anos de idade precisam de creche no Brasil.
É o que mostram os números do da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad, de 2022, recém-divulgada pelo IBGE.
De acordo com os dados, de todas as crianças na faixa etária citada, 7 milhões e 200 mil estão fora da creche – a maioria por opção dos pais, mas ao menos 2,5 milhões não estão matriculadas porque seus pais não conseguiram vaga.
Esse total equivale a 34% das crianças de 0 a 3 anos de idade. Ou, para compreensão ficar ainda mais fácil: 3 em cada 10.
A falta de vaga em creche não é um problema novo no Brasil, mas esse déficit já foi menor. Em 2019, por exemplo, um ano antes da pandemia, eram 2,3 milhões de crianças de 0 a 3 anos que não estavam na creche porque não havia vaga para elas – 200 mil a menos do que no ano passado.
Um de dificultar ou até impedir que um dos pais trabalhem fora, na grande maioria das vezes a mãe, a falta vagas em creches também tem impacto negativo no desenvolvimento das crianças.
Diversos estudos já demostraram que os primeiros anos de vida do ser humano são decisivos no desenvolvimento cerebral e a falta de incentivo nessa fase da vida afeta a saúde física e mental, o comportamento e a aprendizagem na vida adulta.