A falta de conectividade ainda é uma realidade em milhares de escolhas do país.
Números consolidados da Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações, mostram que, no ano passado, 9 mil e 500 escolas não contavam com acesso à rede mundial de computadores.
Esse total equivale a 6,8% das escolas do país, ou 7 em cada 100, arredondando, para ficar mais fácil de entender.
O recorte por unidade federação evidencia o abismo social que existe no Brasil. Em seus estados, mais e 10% das escolas não contavam, em 2022, com acesso à internet. Todos esses estados localizados no Norte ou Nordeste do país.
O estado com o pior cenário é o Acre: 46% das escolas sem acesso à internet; Amazonas aparece na sequência, com índice de 40,9%. Em Roraima, 36,1% das escolas não tinham conectividade no ano passado, no Pará, 27,9%, no Amapá, 27,5% e no Maranhão o índice ficou em 11,9%.
Além da falta de acesso à internet, no Painel Conectividade nas Escolas, disponível no Portal da Anatel, é possível constatar um dado ainda mais preocupante: a falta de energia em muitas unidades escolares.
No final de 2022, 3 mil e 400 escolas no País, o equivalente a 2,5%, não tinham acesso a rede de energia elétrica.
De novo, a maior precariedade é vista em estados do Norte e Nordeste. Não tinha luz, no ano passado, em 35,3% das escolas do Acre, em 21,5% das escolas de Roraima, em 19,9% das unidades do Amazonas e em 12,2% das escolas do estado do Pará.
Apenas em 11 das 27 unidades da federação, de acordo com a Anatel, 100% das escolas contavam com acesso à eletricidade em 2022.