O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de ovos do mundo.
Só no ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal, o Brasil produziu 57,6 bilhões de ovos – significa mil e 800 unidades produzidas por segundo.
A associação estima que, em média, cada brasileiro consome quase 270 ovos por ano.
Alimento de fácil preparo e usado em receitas dos mais variados tipos, o ovo se consolidou como alternativa de proteína mais acessível para o brasileiro. Muita gente troca a carne, mais cara, pelo ovo.
Mas, nas últimas semanas, o preço do produto disparou – e tem muito brasileiro tentando entender o que aconteceu.
De acordo com a Abras, a Associação Brasileira de Supermercados, desde a segunda quinzena de janeiro, os preços têm se comportado de maneira atípica.
E a tendência é que continue em alta, já que, com a chegada do período de Quaresma, a demanda aumenta – o que, consequentemente, pressiona os valores para cima.
Mas, além da demanda, que já estava maior nos últimos meses, por causa da alta dos preços das carnes, outros fatores têm impactado.
A produção de ovos foi impactada por condições climáticas adversas, como ondas de calor, que afetam a produtividade das galinhas poedeiras.
Os produtores também alegam alta nos custos de produção, com o encarecimento de insumos, como ração para as aves, além da energia e do frete.
Esses fatores combinados resultaram em aumentos expressivos nos preços dos ovos no atacado em diversas regiões do país. No Espírito Santo, por exemplo, um dos principais estados produtores, o preço da caixa com 30 dúzias de ovos brancos atingiu R$ 233,69, o maior valor da série histórica.
E, se está caro no atacado, o preço sobe também nos supermercados. Segundo a Abras, em apenas uma semana, a elevação chegou a 40% em diversas regiões do país.