O Brasil completou nesta quarta-feira dois anos sem casos autóctones, ou seja, com transmissão em território nacional de sarampo. Desta forma, está próxima a retomada da certificação de país livre de sarampo, após sair da condição de região endêmica no ano passado.
Conforme informa o Ministério da Saúde, em 2016 o Brasil já havia recebido o título de país livre da doença. Em 2018, no entanto, o intenso fluxo migratório de países vizinhos associado às baixas coberturas vacinais em vários municípios permitiu a reintrodução do vírus em território nacional. Em 2019, o número de casos de sarampo estava em 20 mil, porém, dois anos depois, caiu para 41 casos.
O último registro foi confirmado em 5 de junho de 2022, no Amapá. Ainda neste ano, a Organização Mundial da Saúde, a OMS, classificou o aumento de casos da doença na Europa como. Alarmante. Foram mais de 58 mil infecções pelo vírus em 41 países ao longo do ano passado, o que caracteriza um aumento em relação aos últimos três anos.
Também na Europa, nas últimas semanas, houve aumento nos casos de outra doença, a coqueluche. Tosse seca, febre e cansaço são alguns dos sintomas comuns que podem levar a complicações como pneumonia, desidratação e doenças respiratórias. A doença infecciosa é de alta transmissibilidade, mas é controlada no Brasil graças à vacinação. As vacinas contra coqueluche estão disponíveis no sistema único de saúde, o SUS.
Diante do cenário global, o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica com recomendações de fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica da doença no Brasil. Dados nacionais de 2019 a 2024 mostram que as crianças menores de um ano de vida representam mais de 52% dos casos. Casos de coqueluche. Em seguida, aparecem neste ranking crianças entre 1 e 4 anos, com cerca de 22%.