O Bolsa Família reduz em 91,7% o número de crianças na primeira infância que vivem em famílias em condição de pobreza ou extrema pobreza, ou seja, com renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa.
Esta é a conclusão de um estudo inédito realizado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o MDS, e a Fundação Maria Cecília A publicação, chamada Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único, mostra que, sem o Bolsa Família, 8 milhões e 100 mil crianças de 0 a 6 anos estariam em situação de vulnerabilidade, o que representa 55,4% de todas as 18 milhões e 100 mil crianças nessa faixa etária registradas no país, de acordo com o Censo 2022.
Quando as famílias recebem o benefício, esse número cai dos 8 milhões e 100 mil para 670 mil. E a avaliação do MDS, Joana Costa, explica como foi feita a análise. A gente encontra nesse estudo, a gente analisando a renda dessas famílias antes e depois de receber o benefício, a gente encontra que antes de receber o benefício, 81% estava abaixo dessa linha de pobreza considerada pelo Bolsa Família. E após receber o benefício, essa percentual cai drasticamente, cai para 6,7. Então, quase a totalidade dessas famílias sai, fica acima, sai dessa condição de pobreza como considerada pelo Bolsa Família.
A diretora Joana Costa ainda destaca o papel do novo desenho do Bolsa Família, lançado no início de 2023, no quadro revelado pela pesquisa. Um desenho que considera a composição familiar e ele não só considera a composição familiar como ele tem um benefício específico para a primeira infância, então ele tem um desenho que favorece justamente as famílias que são mais numerosas e entre as famílias que são mais numerosas, as famílias que têm crianças na primeira infância. Então, tem esse benefício.
Benefício específico, de R$ 150,00 para crianças na primeira infância, é um benefício muito importante não só porque vai aliviar aquela situação de pobreza, de falta de renda dessa família, mas é também muito importante para a gente romper o ciclo intergeracional de pobreza.
O estudo teve como referência as famílias de baixa renda registradas no Cadastro Único em outubro de 2023 e ainda analisou dados sobre perfil das famílias e crianças na primeira infância.
O levantamento mostra que cerca de 3 a cada 4 famílias são capitaneadas por mães solo, em sua maioria pardas e com idade entre 25 e 34 anos. Do total, 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, o Bolsa Família é a principal fonte de renda.