Viajar de avião, aparentemente, tem mexido com a paciência e racionalidade dos brasileiros.
É o que se pode concluir de números divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas.
De acordo com a entidade, os casos envolvendo passageiros indisciplinados estão em alta – são, na linguagem popular, os famosos ‘barracos’.
Apenas nos três primeiros meses desse ano, foram registrados 114 episódios do tipo em aeronaves Brasil à fora.. o que equivalente a mais de um caso por dia, na média.
Cerca de um em cada quarto dos eventos envolvendo passageiros, digamos, esquentadinhos, incluem agressão física ou ameaças.
Ainda de acordo com a Associação das Empresas Aéreas, esse tipo de ocorrência está crescendo desde 2019.
No ano pré-pandemia, foram 304 casos; em 2020, durante o auge da pandemia, a quantidade de voos despencou drasticamente mas, ainda assim, foram 222 ocorrências e, em 2021, com a movimentação nos aeroportos já voltando ao normal, foram computadas 434 brigas.
No ano passado, 2022, episódios do tipo bateram recorde, chegando a 585 ocorrências.
O aumento de casos envolvendo passageiros indisciplinados preocupa a entidade já que, em certas ocasiões, as brigas chegam a atrasar a decolagem e até forçar pousos não programados, o que acaba afetando todo o tráfego aéreo e prejudicando centenas de passageiros.
A entidade defende regras duras contra o passageiro indisciplinado e acredita que adotar procedimentos como os que são aplicados em outros países poderia inibir as brigas,
Nos Estados Unidos, por exemplo, os ‘esquentadinhos’ são colocados em uma lista que os impede de usar o transporte aéreo por determinado período.
