O Brasil registra em torno de 39 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço por ano, de acordo com o INCA, o Instituto Nacional de Câncer. A campanha Julho Verde reforça a necessidade de educação em saúde e acesso ao diagnóstico precoce da doença, que podem reduzir significativamente a mortalidade.
O cirurgião de cabeça e pescoço Bernardo Alves explica porque esse tipo de câncer muitas vezes é diagnosticado de forma tardia.
“O câncer de cabeça e pescoço ainda são diagnosticados muito tardiamente devido ao perfil do paciente. Nós temos um paciente que ele é normalmente tabagista e etilista pesado e devido as pessoas não compreenderem os sinais mesmo desse início dessa doença, como feridas na boca, feridas na pele, rouquidão, dificuldade para engolir, alguns caroços no pescoço”.
Ainda segundo Bernardo Alves, quando esses sinais duram mais de duas semanas tem que ser avaliados por um especialista. Ele também reforça os fatores de risco para esse tipo de câncer.
“O principal fator de risco, 70% dos cânceres de cabeça e pescoço são diagnosticados devido a pessoa que é tabagista. O etilismo pesado, principalmente bebida quente, ele também é um fator de risco e ele potencializa o tabagismo”.
O cirurgião também mencionou o aumento do câncer de cabeça e pescoço associado ao vírus HPV, o papilomavírus humano, transmitido principalmente por via sexual.
De acordo com o INCA, a doença representa aproximadamente 5% de todos os tumores malignos no Brasil, com maior incidência em homens a partir dos 40 anos.