Pessoas pretas ainda são minoria nas universidades de medicina do país.
Levantamento feito pela Faculdade de Medicina da USP, com base em dados do Censo da Educação Superior de 2023, do Ministério da Educação, revela que estudantes pretos representam, em média, apenas 3,5% dos 266 mil alunos de medicina no Brasil.
Ou seja, não são nem 4 de cada 100 estudantes da profissão.
Considerando apenas os 123 cursos oferecidos em faculdades públicas, o percentual de pessoas que se declaram pretas sobe um pouco e chega a 7,4%; nos 284 cursos de medicina oferecidos por instituições de ensino privadas, no entanto, são apenas 2,2%.
Já os autodeclarados pardos são 25,8% dos estudantes, na média, considerando faculdades públicas e privadas; brancos são praticamente 70%; 1,8% se declaram de cor amarela e 0,4% são indígenas.
Na residência médica, etapa obrigatória da formação de um profissional da medicina no Brasil, 70% são brancos, 3% pretos e 24,5% pardos. Os que afirmam ser da cor amarena não chegam a 2% e os indígenas são apenas 0,1% ou seja, um em cada mil alunos.