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Pesquisa: 42% dos apostadores de bets estão inadimplentes

Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil Geral

Imagine um Brasil onde milhões de pessoas se lançam ao emocionante mundo das Betis na esperança de um grande prêmio. Mas por trás da adrenalina, uma realidade preocupante se revela. Endividamento e contas atrasadas. É isso que um novo levantamento do Instituto Data Senado mostra. Segundo a pesquisa divulgada neste mês de outubro, 42% dos brasileiros que gastaram com apostas esportivas no último mês, estão endividados com contas atrasadas a mais de 90 dias.

A pesquisa revelou que aproximadamente 20,3 milhões de pessoas com mais de 16 anos participaram de apostas, o que representa cerca de 13% da população nessa faixa etária. O estudante de comunicação Luan Carlos Assunção fala da relação dele com os sites de apostas esportivas. Tem uns três anos já que eu comecei a interagir em sites de apostas e de lá pra cá tudo isso foi bem assim sabe bem. Um turbilhão mesmo de coisas que me aconteceu.

Sinceramente, no começo sempre é muito, sei lá, muito legal que realmente são resultados positivos, você sem sombra de dúvidas ganha, chega a ganhar assim um certo dinheiro, lucro e ao mesmo tempo também perdi. A pesquisa do Instituto Data Senado não apenas revelou o endividamento dos apostadores, mas também traça um perfil desses jogadores no Brasil. De acordo com o levantamento, a maioria, 68% das pessoas que apostaram exerce alguma atividade remunerada.

Por outro lado, 32% está dividida entre aqueles que não estão no mercado de trabalho e os que buscam uma nova oportunidade. O CEO da startup PriceBuck, o administrador Paulo Mello, fala desse cenário alarmante. Do ponto de vista do endividamento, dados apontam que já são quase 200 mil famílias entrando na fila do endividamento por conta das apostas on-line. Nesse aspecto, quanto maior a jogatina, maior o endividamento da população. Bom, todo esse quadro gera um grande impacto social.

O fenômeno das bets se tornaram o maior programa de transferência de renda reversa da história. Dinheiro migrando dos mais vulneráveis àqueles de baixa renda beneficiários dos programas sociais como Bolsa Família. Endividados e jovens indo direto para o caixa das casas de apostas. O grande dilema hoje é saber o que fazer para estancar esse problema.

Alguns defendem a proibição, por simples, né? E outros, uma maior regulação e controle sobre essas apostas online, inclusive sobre os meios de pagamentos e propaganda. E quando olhamos para o orçamento, os dados mostram que 52% dos apostadores têm uma renda familiar de até dois salários mínimos. Em seguida, 35% pertence à faixa de dois a seis salários mínimos, enquanto apenas 13%. Tem uma renda acima de seis salários mínimos.

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