O Programa de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas e Nerdimplentes do Governo Federal, o Desenrola Brasil, foi prorrogado pela segunda vez. A nova data estipulada para o fim do programa é o dia 20 de maio, conforme publicado no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira.
Mas atenção, a nova data é válida apenas para a faixa 1 do programa, que pertence a pessoas com renda mensal de até dois salários mínimos ou inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais, o CAD Único. Essa faixa engloba as dívidas que tenham sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022 e não podem ultrapassar o valor atualizado de 20 mil reais cada.
Economista e educador financeiro, Everton Lopes reforça a importância do programa, mas faz um alerta. Desde a pandemia e um pouco antes da pandemia, tem se mantido alto a inadimplência do consumidor. Carcão de crédito, prestações de lojas, acaba sendo esse grande tipo de endividamento porque, óbvio, as pessoas não vão deixar de se alimentar a pagar contas.
Então, ela tem que optar. Esse programa veio neste momento para exatamente sanar esse problema e botar as pessoas de volta ao mercado de consumo, mas o importante é que ao fazer essa negociação, que é um desconto bem bom, as pessoas correm com a negociação que fizerem, porque se não pode ficar pior ainda.
De acordo com o governo federal, a justificativa para a nova prorrogação é o aumento da procura para renegociação de dívidas após a unificação do aplicativo do Desenrola com o de bancos, o Serasa Limpa Nome e a Caixa Tem. Lopes também indica o que deve ser feito após quitar a dívida para não voltar a ter o nome sujo.
Em vigor desde julho do ano passado, o Desenrola Brasil estava previsto para se encerrar neste domingo depois de passar por uma prorrogação em dezembro. Dados mais recentes do Ministério da Fazenda apontam que o programa já beneficiou cerca de 14 milhões de pessoas, com o valor total das renegociações alcançando a marca de R$ 50 bilhões nas faixas 1 e 2.
