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Fé, tradição e sincretismo marcam celebração a Santa Bárbara em Feira de Santana

Foto: Jorge Magalhães - Arquivo

Muita fé e tradição fizeram parte da homenagem a Santa Bárbara, que começou cedo nesta quinta-feira (4), com uma missa dedicada à santa na Paróquia Senhor dos Passos. Considerada padroeira dos bombeiros e dos feirantes, Santa Bárbara, associada no sincretismo religioso a Iansã, é lembrada por sua coragem e resistência. A celebração reuniu fiéis que foram reforçar sua devoção e agradecer pelas graças alcançadas.

Durante a missa, o padre Júlio Santa Bárbara, pároco da Igreja Senhor dos Passos, destacou a importância espiritual da data para católicos e adeptos das religiões de matriz africana.

“É uma festa muito importante, tanto para nós católicos quanto para as pessoas das religiões de matriz africana. Santa Bárbara representa resistência. Ela seguiu Jesus em um tempo de grande perseguição, quando o culto católico não era reconhecido pelo Império Romano. Mesmo assim, decidiu assumir a fé. Hoje é protetora contra raios, trovões e também contra as dificuldades da vida. Encontramos nela uma mulher forte, de fé inabalável”, afirmou.

O secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Cristiano Lobo, reforçou o valor cultural da celebração. “É uma tradição que une diferentes expressões religiosas. A missa solene abre a programação, que segue com o caruru e atrações culturais. A festa preserva a cultura e valoriza a devoção do povo, mantendo viva essa data tão significativa”, ressaltou.

Entre os devotos presentes, Francisco Bacelar de Jesus reafirmou sua devoção à santa. “Todo ano venho agradecer pela proteção. Santa Bárbara sempre foi força na minha vida. Aqui a gente sente a fé e a tradição misturadas. É um dia de renovar a esperança”, disse.

Após as falas e demonstrações de fé, a procissão seguiu pela Avenida Getúlio Vargas em direção ao Centro de Abastecimento, onde ocorreu uma das celebrações mais tradicionais dedicadas à santa na região. Lá, baianas, fiéis e grupos culturais circularam entre os corredores do entreposto, mantendo viva a tradição construída ao longo de quase meio século.

Neste ano, serão servidos três mil pratos do tradicional caruru, mil a mais que no ano anterior. Preparado no Restaurante Popular por servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social, o prato sagrado inclui quiabo, camarão seco, castanhas, amendoim, azeite de dendê, arroz, galinha e temperos. A distribuição começa às 11h, com ingredientes fornecidos pela Secretaria de Agricultura e comerciantes.

A partir do meio-dia, o grupo Sambadores do Nordeste anima o público com samba de roda, reforçando o clima de celebração que une fé, cultura e ancestralidade.

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